19 abr No Clima da Caatinga e brCarbon trabalham para calcular o sequestro de carbono da Serra das Almas
A Associação Caatinga (AC), em parceria com a Climate Tech brCarbon, está desenvolvendo o inventário florestal de biomassa da Reserva Natural Serra das Almas, Unidade de Conservação de 6.285 hectares, localizada em Crateús, no Ceará e que é gerida pela AC desde 2000. O objetivo principal da ação conjunta é quantificar o estoque de carbono da área, que pode ser usado como referência para a criação de novos projetos.
O intuito da parceria é constatar, de forma precisa, o sequestro e a emissão evitada de dióxido de carbono proporcionados pela Unidade de Conservação. Desta forma, será possível compreender mais a fundo os benefícios que a floresta da Caatinga traz para a sociedade, entre eles, os serviços ecossistêmicos de regulação do clima, a perpetuação de espécies da biodiversidade da fauna e flora, a viabilização de estudos e pesquisas científicas, a continuidade das atividades turísticas e recreativas, além de outros impactos positivos.
A ação faz parte do projeto “No Clima da Caatinga”, uma iniciativa realizada pela AC e patrocinada pela Petrobras por meio do Programa Petrobras Socioambiental. A operação é fundamentada pela equipe técnica da brCarbon e da Associação Caatinga, que adentra a floresta da Serra das Almas e demarca parcelas de mil metros quadrados para quantificar o número de árvores das áreas selecionadas. Os técnicos também analisam a altura e o diâmetro das espécies arbóreas, e marcam cada indivíduo para seu monitoramento a curto, médio e longo prazo.
O mais novo avanço do projeto fundamenta-se na elaboração de um modelo local de estimativa de estoque de carbono da área por meio da metodologia de amostragem por LiDAR, uma tecnologia que traz maior agilidade e precisão para a coleta de dados. Com a nova ferramenta, é possível aprimorar e aperfeiçoar as técnicas de processamento, além de diminuir o custo das operações.
Renan Kamimura, diretor técnico da brCarbon, explica que “o mercado de carbono está em momento de amplo crescimento devido às grandes demandas do setor empresarial para mitigar as mudanças climáticas. Portanto, as empresas que não conseguem reduzir suas emissões por conta própria têm a possibilidade de incentivar projetos que promovem o sequestro de carbono por meio da manutenção de florestas em pé”.